Meu modo de escrever

Espontaneamente, não me aproprio de linguagem culta ao escrever; uso e abuso de clichês populares dos quais extraio sabedoria implícita, ou os utilizo como recursos de tradução exemplificativa daquilo que quero dizer. Na simplicidade, escrevo melhor do que falo, e isso se deve, em parte, à minha timidez para falar em público e, evidentemente, ao tempo que a escrita proporciona para a busca das palavras certas e de sinônimos que evitam a redundância quando a expressão de uma ideia pede por ser enfatizada. Das pesquisas por palavras adequadas, acabo por conhecer outras que passam a surgir em meio ao texto, às vezes surpreendentes devido ao seu uso incomum, de súbito e definitivamente adotadas como toda novidade que fascina. Não pretendo, com elas, o exibicionismo, nem tão pouco o eruditismo que não tenho, ao ponto de substituí-las quando elas saltam em discrepância com o conjunto do texto. O que importa é ser compreendido, dialogando com a inteligência do leitor e apostando na sua sensi...