O preço dos dias seguintes

Sonhei que entrava por uma porta, numa casa que não era a minha. Não sentia estar invadindo; a entrada me era permitida desde que cuidadosa e respeitosa. Ao entrar, percorrendo o ambiente com o olhar, uma mulher me sorriu e logo vi que somente ela podia me ver. Levou-me para conhecer outros cômodos da casa, sem nunca desfazer o sorriso que me dizia: — Pode ficar para sempre, se quiser. – Uma parte de mim assim o queria, e outra sabia que não deveria. Os amanhãs cobrariam o seu preço, e o maior deles seria nunca mais repetir a sensação deste dia.

– Gutto Carrer Lima


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