Suportar em nome do bom convívio
Um cenário, por si só, não faz um sonho. O cenário requer atores, assim como a realização requer gente atuando de verdade. Pessoas veem o mundo de formas diferentes, e quando os pontos de vista conflitam-se, o cenário deixa de ser tão relevante. Cabe ao autocontrole e à tolerância, coexistir com os demais atores, também nos cenários ideais. E a maneira de tornar possível a coexistência é manter-se reservado, preservando os próprios valores para si, ao mesmo tempo em que participa socialmente do senso comum.
O bom convívio exige a detecção de limites; devido ao risco que a autenticidade apresenta de abalar a convivência, convém resguardá-la. "Saber viver é saber conviver", é saber atuar, sem necessariamente ser hipócrita, mas praticando a diplomacia que distingue um propósito, de qualquer falsidade. Ser verdadeiro não é fácil; a verdade pode nos deixar sós, e a dependência, qualquer que seja, restringe a expressão da nossa verdade.
A tolerância é uma relação de poder. Tolera quem pode mais. Quem não pode, suporta. Logo, pequenas práticas diárias são muito mais sobre suportar do que tolerar. Tudo o que se traduz em sucesso, realização, segurança e felicidade, está subordinado à capacidade de suportar. E isto significa, invariavelmente, abrir mão de certa liberdade, por exemplo, a de ser autêntico ao se expressar.
O senso comum, o mesmo que propicia o bom convívio, nos impede de sermos realmente livres e, portanto, de sermos nós mesmos. É preciso suportar os pequenos julgamentos aos quais nos submetem em diversos momentos de cada dia, ou impor-se a eles. Tal liberdade requer algum poder e independência. Requer astúcia, diplomacia, cabeça fria para manter-se seguro de si mesmo quando as falas do ambiente em nada condizem com o que sabemos, pensamos e acreditamos.
Gutto Carrer Lima
O bom convívio exige a detecção de limites; devido ao risco que a autenticidade apresenta de abalar a convivência, convém resguardá-la. "Saber viver é saber conviver", é saber atuar, sem necessariamente ser hipócrita, mas praticando a diplomacia que distingue um propósito, de qualquer falsidade. Ser verdadeiro não é fácil; a verdade pode nos deixar sós, e a dependência, qualquer que seja, restringe a expressão da nossa verdade.
A tolerância é uma relação de poder. Tolera quem pode mais. Quem não pode, suporta. Logo, pequenas práticas diárias são muito mais sobre suportar do que tolerar. Tudo o que se traduz em sucesso, realização, segurança e felicidade, está subordinado à capacidade de suportar. E isto significa, invariavelmente, abrir mão de certa liberdade, por exemplo, a de ser autêntico ao se expressar.
O senso comum, o mesmo que propicia o bom convívio, nos impede de sermos realmente livres e, portanto, de sermos nós mesmos. É preciso suportar os pequenos julgamentos aos quais nos submetem em diversos momentos de cada dia, ou impor-se a eles. Tal liberdade requer algum poder e independência. Requer astúcia, diplomacia, cabeça fria para manter-se seguro de si mesmo quando as falas do ambiente em nada condizem com o que sabemos, pensamos e acreditamos.
Gutto Carrer Lima
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